segunda-feira, 13 de julho de 2009

Crítica aos objetos

Na última aula sobre objetos interativos, os professores lançaram a proposta de que comentássemos os trabalhos uns dos outros. Foi um exercício bom para treinar o desapego àquilo que fazemos e aceitar as críticas.

Grupo: Mariane, Marina e Nathália.
Objetos: Bárbara Groppo, Jessica e Maria Clara.

Bárbara: o objeto da Babi foi um dos mais interativos da turma. Mesmo com um formato mais fechado, em paralelepípedo, ela conseguiu produzir um uma interação analógica, através do desenho da pessoa que passava a mão na areia, e uma eletrônica, através dos sons do teclado retirado de um brinquedo e dos LDRs, que captam variações de luz do ambiente e mudam a intensidade do som do tecladinho. Ficou um objeto bonito e muito divertido de explorar.

Maria Clara: o objeto da Clara acendia a luz quando você girava as duas partes que o compunham. Ele ficou bem bonito e cabe muito bem como objeto decorativo. Achei a interatividade um pouco limitada, mas acredito que não era fácil criar um objeto que oferecesse interatividade ampla. Foram poucos na turma que conseguiram verdadeiramente fazer isso.

Jéssica: a máquina de poemas dadaístas da Jéssica também alcançou interatividade analógica, através das palavras que saíam aleatoriamente e provocavam em cada pessoa uma impressão diferente, já que cada um tem sua gama própria de experiências e pontos de vista, e eletrônica, através do circuito montado com o ventilador.

Visita ao Espaço OI FUTURO...




O espaço Oi Futuro, localizado na Av. Afonso Pena 4000, abriga um esposição sobre a história das telecomunicações. Visitamos o local no início do 1º período, em março...

O ambiente escuro, amplo e que não pré-determinava uma ordem para visitação do local, chamou a minha atenção...

A entrada era uma sala pequena e por um curto espaço de tempo o visitante ficava preso nela...tive a sensação de total desligamento com o ambiente externo e entrei com muita cautela...sem saber por onde começar, fui explorando as salas da Linha do tempo das telecomunicações e a dos Profetas, muito bem decorada por sinal, onde ouviamos frases e ensinamentos de pessoas famosas como Buda e Leonardo da Vinci...

Havia também uma parte só com videos que falavam sobre internet, rádio, televisão, biotecnologia...essa parte foi cansativa, porque recebemos um aparelho, na entrada, para acionar os áudios e não havia interatividade no acionar e interromper os videos. Lá tinha também uma exposição de telefones públicos e celulares para mostrar a evolução deles...isso me lembrou um museu comum, diferentemente do que eu esperava pelo nome OI FUTURO.


Foi uma visita interessante, mas em termos de interatividade perdeu em relação ao museu Inimá de Paula, que abria possibilidades fantásticas para que o visitante ficasse entretido e recomendasse a muitas pessoas que fossem até lá, como eu fiz...o objeto mais interessante de lá foi o Teremin...muito antigo, que produzia ruídos diferentes de acordo com a movimentação das pessoas perto dele...

Intervenção! Ateliê...



A idéia do meu grupo (Ateliê) foi intervir na cozinha da cantina e sugerir, por meio de analogias, o processo criativo, comum às receitas e aos trabalhos.

Nosso objetivo foi fazer com que a primeira sala representasse o vazio do início do processo de criação, a angústia (por isso a torneira pingando), a folha em branco e o não saber por onde começar...




O corredor representou a inspiração...a medida que o visitante caminhava...acionava áudios de palavras relacionadas ao processo criativo tais como material, liberdade, desespero...






A cozinha foi o espaço central da intervenção. Nela, ficaram expostos os desenhos feitos no primeiro semestre, os objetos interativos e os dossiês arquitetônicos. Foi também nesse espaço que os visitantes puderam fazer desenhos no arroz e vê-los projetados na tela colocada entre a cozinha e a despensa. Nela, estavam também o exaustor, com desenhos de prédios que só sob determinado ponto não eram vistos "quebrados", o mostruário e o forno, com desenhos nossos que se revelavam quando o visitante acionava o circuito com um ímã (reeds switch), os pratos nas pias e no escorredor, com stencils do dossiê, e as grelhas, com o que foi descartado da própria montagem da intervenção.

Making of Intervenção



A intervenção é o trabalho mais falado do 1º período. A proposta desse trabalho, que aconteceu em junho, era expor o que foi feito no primeiro período do curso e promover uma comunicação com outra intervenção. Era trabalhar a espacialização do material produzido e criar um ambiente interativo, aberto a visitantes.

Antes de iniciar esse trabalho, discutimos muito sobre objetos interativos e visitamos o Inhotim...visitar o museu ampliou nosso entendimento sobre intervenção e nos deu idéias, além de exercitarmos nossa crítica.

Meu grupo saiu pela escola procurando o local para e a intervenção...pensamos em vários ambientes, mas o que mais nos chamou a atenção foi a cozinha da cantina da escola (temporariamente fechada), um ambiente desconhecido da maioria das pessoas e bem incomum...talvez tenhamos sido o primeiro grupo a escolher um local como esse para o famoso trabalho da disciplina de Plástica e Expressão Gráfica...

Nos bastidores da intervenção, meu grupo trabalhou muito, desde a discussão das idéias iniciais até o momento da desmontagem...mas mesmo com o nervosismo da situação, foi um grupo muito equilibrado e, na medida do possível, tranquilo...o que espantou o professor Cristiano...

Milla e Cibele ficaram com a parte da programação, tanto da bancada de arroz quanto do corredor...Marina e Styve ficaram com a missão de escurecer a primeira sala...mas no fim das contas todo mundo participou de tudo...mesmo que fosse na hora de opinar...

Aconteceram alguns acidentes durante a intervenção...como tirar a torneira sem fechar o registro (a primeira sala ficou toda molhada!!), cortar um fio que estava na tomada (curto-circuito!! com tesoura derretida e tudo!), colocar lampadazinhas de 6V na tomada, queimar a solda do Seu Pedro...enfim...eu participei de três desses acidentes...felizmente estou bem e não levei choque...nem dei choques...

Meu grupo tinha o grupo Isolante como vizinho, na cantina...eles nos ajudaram muito...com os ímãs de Ipatinga...com as ferramentas...com a música animada que vinha de lá...valeu galera!!!
Foi deles que veio a imagem na tela com os desenhos de arroz e também foi pra eles que mandamos as letras da programação do Processing resultantes do corredor da nossa intervenção...

Aprendemos muito com a intervenção... foi um processo dificil... terminar esse trabalho foi um misto de alivio e sensação de dever cumprido...